segunda-feira, 12 de maio de 2008

No ''radar'' das incorporadoras

06/08/2007
No ''radar'' das incorporadoras
Como sempre há demanda por imóveis em áreas valorizadas, casas antigas em bairros com predominância de condomínios verticais ainda estão na mira de construtoras e incorporadoras.
Embora a aquisição de um conjunto de casas para a construção de um prédio seja considerada mais trabalhosa e onerosa pelas incorporadoras, muitos imóveis residenciais continuam sendo assediados pelos investidores do mercado imobiliário, inclusive nas regiões onde são raros os terrenos maiores de único dono.

A explicação quem dá é o diretor da Imobiliária Lopes, Carlos Kapudjian,. para quem “sempre haverá uma demanda nos bairros já adensados e com uma infra-estrutura consolidada”. Prova disso é que bairros como Moema, Morumbi e Chácara Klabin, todos na Zona Sul de São Paulo, continuam a receber lançamentos imobiliários.

A construtora Klabin Segall, por exemplo, tem três empreendimentos em áreas consideradas ‘saturadas’ pela verticalização. “O que move essas áreas é a questão das oportunidades. É uma operação que demanda um tempo maior, garimpando os imóveis e negociando com vários proprietários até conseguir montar o terreno que caiba o empreendimento que se quer lançar”, relata o diretor técnico da empresa, Silvio Chaimovitiz.

No caso do condomínio Glam Moema, que fica a 60 metros do Shopping Ibirapuera, uma região completamente consolidada, o diretor conta que a área de 2,2 mil metros quadrados pertencia ao dono de um estacionamento. “Quando há uma grande área dentro de uma região com infra-estrutura estabelecida e de um proprietário só, fica um pouco mais fácil”, relata.

A aquisição de um terreno com esta localização, entretanto, acaba elevando o custo operacional do empreendimento e, conseqüentemente, das unidades a serem comercializadas. “Isso está cada vez mais raro porque a operação fica cada vez mais complexa. Alguns terrenos acabam tendo um alto custo operacional para grandes incorporadoras”, conta.

Por isso, explica o diretor da Lopes, Carlos Kapudjian, as construtoras estão procurando áreas cada vez mais amplas que viabilizem empreendimentos maiores a um custo mais acessível às classes mais baixas. “As incorporadoras estão procurando grandes terrenos, como os que existem na Mooca e Vila Leopoldina. É uma tendência do mercado. O público tem se atraído mais por investimentos maiores”, afirma.

Para as casas remanescentes em áreas tomadas pela verticalização, Kapudjian comenta que uma saída é locar o imóvel para o setor comercial. “O proprietário pode optar por alugar o imóvel para o comércio, porque o desenvolvimento imobiliário dessas regiões atrai o setor de serviços”.

Fonte: O Jornal da Tarde.